quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

CÂMARA PEDE CÓPIA DO PROCESSO DO GAECO

O afastamento de Gilvan Pizzano Agibert, do cargo de Prefeito Municipal de Prudentópolis, por parte do Tribunal de Justiça do Paraná, além da prisão temporária em virtude do flagrante pelo recebimento de propina de empresários que contratam com o Município de Prudentópolis, gerou inúmeras manifestações de parte da comunidade prudentopolitana, na sessão legislativa de segunda-feira, 23, na Câmara Municipal. O Plenário ficou totalmente lotado pelos cidadãos, além de grande público que permaneceu durante a sessão defronte ao prédio, devido à limitação de espaço interno, os quais protestaram com aplausos, vaias, faixas, cartazes e gritos contrários aos fatos, os quais foram divulgados no processo investigatório pelo GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Os vereadores, ao usarem da palavra em Tribuna, também se manifestaram a respeito dos fatos, classificando como “imoralidades, falta de ética, desrespeito com o dinheiro público” os casos investigados, que envolvem recebimento de propinas de empresários, favorecimentos em contratos, desvio de recursos, em esquemas fraudulentos, que somam grande quantia monetária. De forma unânime os vereadores qualificaram essas atitudes como inaceitáveis e passíveis de punição imediata, com medidas cabíveis por parte do Poder Legislativo Municipal. Inclusive, em alguns dos pronunciamentos, os legisladores destacaram que o prefeito não tem mais condições morais para administrar, ficando insustentável sua situação perante à população, destacando que o caminho para o processo de cassação é irreversível. O Presidente da Câmara Municipal, Vereador Júlio César Makuch, ao falar em Tribuna, citou que há muito tempo havia um descontentamento de parte da câmara diante da gestão administrativa implementada, a qual não vinha atendendo de forma adequada às reivindicações dos vereadores, principalmente na questão de transportes, onde estradas rurais estavam intransitáveis, com prejuízos ao transporte escolar, da produção de cereais e de leite. “Enviamos centenas de ofícios, requerimentos, indicações além de manifestações verbais em tribuna, sendo que muito pouco era atendido pela municipalidade. Inclusive, com relação aos contratos que geraram estes processos, os mesmos foram pedidos pela câmara, mas todos estavam com processo licitatório correto. O que houve foram desvios na execução dos mesmos, aliado às propinas recebidas”, comentou Júlio. Diante da situação, a Câmara Municipal enviou Ofício ao GAECO, na pessoa do Promotor de Justiça Vitor Hugo Nicastro Honesko, solicitando as cópias dos documentos da investigação, para instaurar os procedimentos no aspecto administrativo e político, para apuração dos graves delitos. O Ofício encaminhado ainda no dia 20, diz o seguinte: Prudentópolis, 20 de Fevereiro de 2015. LEIA O PEDIDO NA ÍNTEGRA NO SITE DA CÂMARA